quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Que coisa esquisita....

Os empréstimos e a igualdade competitiva. Haja transparência.


Li hoje em o Record que o FC Porto possui cerca de 70 profissionais futebolistas. Não sei o número que os outros clubes, incluindo os seus mais directos adversários, têm.
Vem isto a propósito de uma questão que de há muito me assalta a mona, os empréstimos de jogadores por clubes grandes aos mais pequenos para, argumentam, ganharem rodagem e mostrarem suas aptidões.
Creio em todo o caso que sustentar 70 futebolistas é um exagero, sem justificação visivel.

Sabendo-se que os planteis, normalmente, não têm mais que 25 jogadores, para quê então o número de jogadores profissionais chegar aos 70, sabendo-se também que os seus honorários não andam pelo ordenado mínimo nacional, ocorre-nos perguntar, como se justifica (economica e financeiramente) tanto investimento para utilização, pouco e/ou nada rentavel, noutros clubes?

Como acima refiro, não vejo justificação visivel. Admito o empréstimo de 1 ou 2 jogadores a duas ou três equipas da primeira liga e na mesma escala a outras ligas. Admito que com a Liga intercalar (reservas) os clubes participantes façam rodar 30 a 35 jogadores, incluidos os do plantel. Agora 70 ou lá próximo acho demasiado, mesmo obsceno, a não ser que... os muitos empréstimos tenham uma retribuição não visivel.

Já houve tempo em que os jogadores emprestados não podiam jogar contra o seu clube de origem. Acabou-se e bem com essa prática. Mas hoje continuam práticas esquisitas, como a que leva um clube a emprestar a outro 4 jogadores, sendo certo e sabido que não vão jogar todos contra o emprestador, nem que a valorização vai resultar em pleno?
Claro que se trata de mero favor.

No entanto diz-se, "não há almoços grátis". Mas, no futebol, parece, que há empréstimos grátis, àparte as jantaradas conclusivas das negociatas. Se há quem acredite. Por aqui não, e... não passa apenas por negócios entre agentes dos jogadores e clubes contratantes. Há algo mais, que é preciso regulamentar e exigir transparência nos empréstimos. Estabelecer limites razoáveis. Zelar pela igualdade competitiva.

Ou não é isso que se apregoa quererem as entidades oficiais?

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